“Durante meses, os cidadãos israelitas têm sido atacados pelo Hezbollah e por outros extremistas. Os ataques pérfidos devem parar imediatamente. Agora é importante agir com a cabeça fria. Muitas pessoas já morreram nesse conflito”, declarou a ministra alemã na rede social X.
“Condeno o ataque à aldeia drusa de Majdal Shams. O facto de crianças e jovens que simplesmente queriam jogar futebol terem sido mortos é horrível. As minhas condolências vão para suas famílias”, disse ainda Annalena Baerbock.
Por outro lado, o Irão alertou hoje Israel para não realizar “novas aventuras” no Líbano.
“Qualquer ação repreensível do regime sionista pode levar ao aumento da instabilidade, insegurança e guerra na região”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kanani.
“O regime (israelita) será o principal responsável pelas consequências e reações imprevistas de tais comportamentos estúpidos”, afirmou Kanani.
Kananí avaliou ainda que a comunidade internacional deve “apoiar a estabilidade e a segurança do Líbano e da região” contra Israel, um país que “não tem a mínima autoridade moral para comentar e julgar o incidente ocorrido na região de Majdal Shams”.
O porta-voz iraniano apelou ainda aos Estados Unidos para “impedirem o regime de Israel de iniciar um novo incêndio cujas chamas engolirão os próprios sionistas”, em vez de homenagearem “o criminoso primeiro-ministro [israelita, Benjamin Netanyahu, em visita aos EUA] desse regime”.
Um projétil do Hezbollah, movimento xiita libanês pró-Irão e Palestina, atingiu no sábado um campo de futebol na cidade drusa de Majdal Shams, onde jogavam rapazes e raparigas drusos (comunidade árabe), matando 12 pessoas. Foi confirmada a identidade de onze das vítimas, todas menores entre os 10 e os 16 anos.
Posteriormente, Israel bombardeou na noite de sábado sete regiões do Líbano, em resposta ao ataque do Hezbollah que matou 12 crianças e adolescentes na comunidade drusa de Majdal Shams, nos Montes de Golã, declarou hoje o exército israelita.
Os ataques israelitas foram dirigidos às zonas libanesas de Sabrinha, Borj El Chmali, Beka’a, Kfar Kila, Rab a-Taltin, al Khyam e Tir Hafa, segundo um comunicado militar israelita.
A fronteira entre Israel e o Líbano — aliado dos palestinianos – vive o seu maior momento de tensão desde 2006, com uma intensa hostilidade desde o início da guerra na Faixa de Gaza, entre Israel e o grupo islamita Hamas, em 07 de outubro.
As hostilidades já provocaram a morte de cerca de 565 pessoas, a maioria no Líbano e algumas na Síria, entre milicianos do Hezbollah e civis. Em Israel morreram 46 pessoas, 22 militares e 24 civis, segundo o exército israelita.
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