Nesta visita, António Costa é acompanhado pelo ministro da Defesa, José Azeredo Lopes, e pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Artur Pina Monteiro.
O primeiro-ministro visita esta tarde o campo onde estão instalados os portugueses, localizado na capital, Bangui, jantando depois com os militares.
Portugal participa desde janeiro na missão das Nações Unidas na República Centro-Africana com 160 militares, dos quais 90 do regimento de Comandos, quatro da equipa de controlo aéreo da Força Aérea Portuguesa e os restantes de apoio e serviços, por um período de um ano.
A força portuguesa na Missão Integrada Multidimensional de Estabilização das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA) tem capacidade para executar operações de combate; patrulhas de segurança, vigilância e reconhecimento de área; proteção de infraestruturas ou áreas sensíveis, de entidades ou forças; escoltas de colunas de viaturas; operações de cerco e busca; atividades com civis e dirigir ações de aeronaves em apoio aéreo próximo e helicópteros de ataque.
A maioria do contingente – um grupo de 127 militares – partiu de Lisboa a 17 de janeiro.
A participação portuguesa na MINUSCA, com um total de 12 mil efetivos, corresponde a um pedido de ajuda da França, na sequência dos ataques terroristas em Paris, em novembro de 2015.
Na segunda-feira, Costa reúne-se, durante a manhã, com o representante do secretário-geral das Nações Unidas na República Centro-Africana, Parfait Onanga-Anyanga, e com o comandante da força da MINUSCA, tenente-general Balla Keita.
Do programa da deslocação de António Costa e Azeredo Lopes consta ainda uma visita ao quartel-general da missão da União Europeia, também sediado em Bangui, na qual Portugal tem oito militares, desde o primeiro semestre de 2016.
A participação nacional pode ir até 11 militares, por um período de dois anos.
A missão da UE tem por objetivo aconselhar as autoridades militares da República Centro-Africana, nomeadamente na profissionalização das forças armadas, tornando-as etnicamente representativas e colocando-as sob controlo democrático.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou no ano passado que pretende visitar os militares portugueses na República Centro-Africana.
A República Centro-Africana, um país pobre mas com muitos recursos, vive um complicado processo de transição, desde que em 2013 os rebeldes do grupo extremista Seleka depuseram o Presidente François Bozizé, o que desencadeou uma onda de violência sectária entre os muçulmanos e as milícias anti-Balaka, maioritariamente cristãs.
A guerra civil já causou milhares de mortos, apesar de não haver números fiáveis, e obrigou cerca de um milhão de pessoas a abandonar os seus lares.
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