Segundo os organizadores, os “quase 10.000 manifestantes” reuniram-se em maior número do que no desfile anterior, em meados de setembro.
Os manifestantes responderam a um “apelo” de trinta entidades para comemorar a revolta de 1988 que “carregou um profundo desejo de mudança” e cuja “repressão fez mais de 500 mortos”.
Durante o desfile, exigiram a libertação imediata de presos políticos e de opinião (cerca de 60, de acordo com o Comité Nacional para a Libertação de Prisioneiros), a saída ordeira e pacífica, mas incondicional e completa do sistema e o início de uma transição democrática com vista a um Estado de direito, democrático e social.
“Poder assassino”, “Por uma transição democrática independente do sistema na Argélia”, “O povo unido nunca será derrotado” eram algumas das frases que se liam em grandes faixas.
“O dia 05 de outubro (1988) foi para a Argélia a nossa Primeira Primavera, foi nesse dia que os jovens saíram para reivindicar direitos e exigir mudanças”, sublinhou à AFP, o cantor argelino Souad Massi.
O artista considerou ainda “importante marcar presença neste desfile para dar voz à Argélia”.
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