Em declarações à agência Lusa, o coronel António Mota, presidente da AOFA, afirmou que a escolha de Nunes da Fonseca “cumpre, à partida, aquilo que era fundamental, que era ser um militar consensual”, em que “toda a hierarquia do Exército se revê como sendo um comandante e um líder”.
“É um militar muito ponderado, muito tranquilo, algo reservado, muito dialogante e extremamente inteligente”, acrescentou, recordando ter sido o novo CEME “o melhor aluno” do curso de engenharia da Academia Militar.
Para o presidente da AOFA, “não será agora pela chefia do Exército” que “os tempos de bonança” não voltam ao ramo, apesar de se saber que há “casos que estão a decorrer e sob investigação”, afirmou, numa referência ao furto de armamento dos paióis de Tancos, em 2017.
“Terão que ser apuradas as responsabilidades e os responsáveis, mas isso cabe à justiça”, disse ainda.
Os grandes desafios do novo CEME são a falta de efetivos no ramo, que o presidente da AOFA definiu como “uma questão perfeitamente alarmante”, e o reequipamento de modo a dar “condições logísticas e financeiras” para o Exército cumprir a sua missão.
O tenente-general José Nunes da Fonseca será o novo chefe do Estado-Maior do Exército, tendo o seu nome recebido parecer favorável por unanimidade do Conselho Superior do Exército, anunciou hoje o primeiro-ministro, António Costa, em Bruxelas.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aceitou a proposta do Governo de nomeação de Nunes da Fonseca para novo Chefe do Estado-Maior do Exército e marcou a posse para hoje, às 19:00, no Palácio de Belém, em Lisboa.
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