“A nossa expetativa é que se apure toda a verdade até ao fim, porque é isso que os portugueses precisam de saber e os militares necessitam de tranquilidade para prosseguirem as suas missões”, disse.
Para Mário Ramos, Azeredo Lopes “fez bem” em apresentar a demissão a partir do momento em que recaíram sobre si “suspeições e acusações” de um alegado conhecimento sobre a operação de “encobrimento” na recuperação do material furtado em Tancos.
“O ministro já estava fragilizado”, considerou, acrescentando esperar que o sucessor que vier a ser nomeado para a pasta da Defesa seja alguém que resolva os problemas que “ficaram por resolver”.
A situação do Instituto de Ação Social das Forças Armadas, cuja dívida acumulada ultrapassa os 60 milhões de euros, e melhorar as condições sócio-profissionais dos militares, bem como devolver “a tranquilidade aos militares” são as prioridades apontadas pelo sargento Mário Ramos.
O ministro da Defesa apresentou hoje a demissão numa carta entregue ao primeiro-ministro, na afirma que quer evitar que as Forças Armadas sejam “desgastadas pelo ataque político” e pelas “acusações” de que disse estar a ser alvo por causa do processo de Tancos.
“Não podia, e digo-o de forma sentida, deixar que, no que de mim dependesse, as mesmas Forças Armadas fossem desgastadas pelo ataque político ao ministro que as tutela”, referiu Azeredo Lopes, na carta enviada ao primeiro-ministro e a que a Lusa teve acesso.
Azeredo Lopes voltou a negar que tenha tido conhecimento, “direto ou indireto, sobre uma operação em que o encobrimento se terá destinado a proteger o, ou um dos autores do furto”.
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