Luís Mendão, dirigente do Grupo de Ativistas sem Tratamento (GAT), vê como positivo que se multipliquem os locais onde as pessoas podem fazer testes de rastreio ao VIH e hepatites B e C, considerando a nova medida como um “instrumento para maior acessibilidade” embora não sendo “uma varinha mágica".

Segundo um diploma hoje publicado em Diário da República, as farmácias vão passar a poder fazer testes rápidos de rastreio ao VIH/sida e às hepatites B e C, sem necessidade de prescrição médica. A notícia tinha sido avançada hoje de manhã pelo Público.

O GAT sublinha que com estes testes os utentes não saem com resultado definitivo, mas antes com uma indicação de que necessitam de um diagnóstico.

Testes de HIV e Hepatite B e C vão passar a estar disponíveis nas farmácias
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“São testes simples, mas não são testes de diagnóstico. Os testes fazem a pesquisa de anticorpos ou antigénio e não da infeção. O resultado passa por verificar a necessidade de encaminhar a pessoas para uma consulta e um diagnóstico”, indicou Luís Mendão.

O responsável admite que possa ser necessário dar formação específica aos trabalhadores das farmácias sobre o assunto, mas diz que estes testes “não são um bicho de sete cabeças”, bastando “treino validado para se executar o teste”.

Luís Mendão refere também que estes testes rápidos de rastreio, que serão pagos por cada um, veem assim juntar-se aos locais onde os testes já são realizados a cargo do Serviço Nacional de Saúde e de forma gratuita para o utente.

Trata-se de complementar a deteção precoce das infeções do VIH e hepatites virais, cujo diagnóstico hoje em dia é feito em centros de saúde, hospitais, centros de aconselhamento de deteção precoce da infeção VIH/sida (CAD) e nos centros de respostas integradas para comportamentos aditivos e dependências (CRI).

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