Cinco estudantes, utilizando tubos e cola, bloquearam a entrada principal do Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra (UC) e barricaram a entrada das portas traseiras do mesmo edifício, escolhido propositadamente por ter sido nele que, em 1969, durante o Estado Novo, o na altura presidente da Associação Académica de Coimbra pediu a palavra, disse à agência Lusa Dani Martins, um dos porta-vozes do movimento.
Nas portas da entrada principal também se podiam ler inscrições deixadas pelo protesto: “Fim ao fóssil 2030” e “A Estação Nova Fica!”.
Os cinco estudantes que bloqueavam a entrada daquele edifício do polo I da Universidade acabaram por ser retirados da entrada principal pela PSP, por volta das 10:00, com o apoio de bombeiros e INEM.
De acordo com fonte do Gabinete de Imprensa e Relações Públicas do Comando Distrital da PSP, cinco pessoas foram identificadas.
Três dos manifestantes foram levados para a esquadra para identificação e apreensão de material e dois para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, para tratamento de lesões provocadas pelo próprio protesto, nomeadamente por causa da cola, explicou.
Segundo Dani Martins, o protesto começou por volta das 08:00, numa ação que tinha como focos essenciais exigir o fim do uso de combustíveis fósseis até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível a todos até 2025.
O protesto também tinha pretensões locais, nomeadamente a defesa da manutenção da Estação Nova de Coimbra, que vai fechar no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego, e o fim da parceria da UC com o Banco Santander, que continua “a investir ativamente em combustíveis fósseis”, aclarou.
“Decidimos fazer o protesto no Departamento de Matemática pelo seu simbolismo, porque ainda não estão reunidas as condições para os estudantes terem uma voz na Universidade de Coimbra”, vincou.
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