Em comunicado, os ativistas da Greve Climática referem que "o vice-reitor da Universidade saiu do edifício para falar com os estudantes, não antes dos estudantes ameaçarem fazer uma reclamação formal caso se recusasse a falar com eles".
"Quando saiu, os estudantes pediram esclarecimentos" sobre aquilo a que chamaram "a maior repressão ao direito de manifestação estudantil desde o Estado Novo".
Os estudantes explicam que Oo vice-reitor recusou-se a condenar a repressão às manifestações que ocorreram durante esta semana na Universidade, dizendo que se aulas são perturbadas é legítimo chamar a polícia".
Os ativistas recordam que, durante esta semana, a "polícia foi chamada mais de uma dezena de vezes a faculdades" e que, na "quarta-feira, três estudantes foram detidas na Faculdade de Psicologia desta Universidade por estarem a dar uma palestra sobre ação climática".
"A polícia não era chamada para deter estudantes em faculdades desde o Estado Novo. E agora está a acontecer recorrentemente nesta instituição que finge louvar as lutas estudantis do passado", diz Catarina Bio, estudante da Universidade de Lisboa. "É uma vergonha para esta instituição. E é uma ofensa ao direito de manifestação que nenhum movimento estudantil pode ignorar. Hoje somos nós, mas abriu-se o precedente de nos deterem sempre que reivindiquemos os nossos direitos", pode ler-se no comunicado.
Os ativistas adiantam ainda que "quando o vice-reitor voltou a entrar na reitoria, duas estudantes tentaram entrar e foram entaladas na porta pelos seguranças do edifício. Neste momento, os estudantes acabaram de invadir a reitoria".
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