O fórum resulta de uma iniciativa do primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, e deveria ter-se realizado em outubro de 2020, mas foi adiado por um ano devido à pandemia de covid-19, segundo o governo da Suécia.
Augusto Santos Silva estará em Estocolmo a partir de segunda-feira, e o programa da visita inclui uma reunião com a sua homóloga sueca, Ann Linde, na terça-feira.
No mesmo dia, participa na sessão de renovação do protocolo de cooperação entre a Universidade de Estocolmo e o Camões — Instituto da Cooperação e da Língua para leitorado de língua portuguesa naquela instituição.
A visita começa com um encontro com membros da comunidade portuguesa dos setores cultural e científico em Estocolmo ao fim da tarde de segunda-feira, segundo uma nota à imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O Fórum Internacional de Malmo sobre Memória do Holocausto e Combate ao Antissemitismo foi lançado pelo primeiro-ministro sueco para assinalar, em 2020, os 75 anos do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e a consequente libertação do campo de concentração nazi de Auschwitz-Birkenau.
Em 2020, assinalaram-se também os 20 anos do primeiro Fórum Internacional de Estocolmo sobre o Holocausto, que aprovou o documento fundador da Aliança Internacional de Memória do Holocausto (IHRA, na sigla em inglês), uma iniciativa lançada em 1998, pelo então primeiro-ministro sueco, Göran Persson.
A IHRA “une governos e peritos para fortalecer, avançar e promover a educação, a investigação e a memória do Holocausto e para manter os compromissos com a Declaração de Estocolmo de 2000”, segundo o ‘site’ da organização.
Com sede em Berlim desde 2008, a IHRA conta atualmente com 34 países membros, incluindo Portugal desde 2019.
O Holocausto corresponde ao extermínio sistemático de mais de seis milhões de pessoas pelo regime nazi alemão (1933-1945), maioritariamente judeus, mas também ciganos, deficientes físicos ou comunistas.
Para eliminar os judeus, no âmbito da operação “solução Final”, o regime nazi criou campos de extermínio como o de Auschwitz-Birkenau, na Polónia ocupada.
Pelo menos 1,1 milhões de pessoas foram assassinadas em Auschwitz-Birkenau, das cerca de 1,3 milhões que foram deportadas para aquele campo entre 1940 e 1945, de acordo com organizações dedicadas à preservação da memória das vítimas do Holocausto.
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