O advogado de defesa do fugitivo, Daniel Mourad Majzoub, confirmou a data da extradição e disse à agência espanhola, Efe, que os detalhes e horários dos voos não serão divulgados por razões de segurança, embora a chegada de García Juliá na Espanha esteja prevista para acontecer na sexta-feira.
A extradição do ex-membro do partido Fuerza Nueva tinha sido autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil em agosto de 2019 e dependia apenas da confirmação do Presidente do país, Jair Bolsonaro.
García Juliá foi condenado em Espanha em 1980 por ser um dos autores do massacre em que três advogados sindicais, um estudante de direito e um oficial administrativo foram mortos a tiro, em Madrid.
O espanhol, que cumpriu 14 dos 193 anos de prisão pelos quais foi condenado em 1980, era um fugitivo desde 1994. Ele foi preso em dezembro de 2018 na cidade brasileira de São Paulo, onde vivia com uma identidade falsa e trabalhava como motorista do Uber.
Antes de ser preso, García Juliá, que tinha 24 anos quando realizou o massacre, passou duas décadas fugindo e vivendo em vários países da América Latina, incluindo o Paraguai e a Bolívia.
Depois de saber o paradeiro do condenado, o Tribunal Nacional da Espanha exigiu a sua extradição porque entendeu que a sentença não estava prescrita.
Garcia Juliá está atualmente preso na sede da Polícia Federal de São Paulo.
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