Três agentes da equipa de investigação franco-belga que descobriu o refúgio ficaram feridos no tiroteio de 15 de março de 2016.
Salah Abdeslam e a cúmplice Sofiane Ayari conseguiram fugir pelas traseiras do edifício de apartamentos, no bairro de Forest, em Bruxelas.
Um terceiro suspeito, que deu cobertura à fuga disparando contra os polícias que tinham acabado de arrombar a porta de entrada do edifício, foi mortalmente atingido pelos tiros de réplica da polícia.
Salah Abdeslam, 27 anos, e Sofiane Ayari, 24, vão ser julgados em Bruxelas por “tentativa de homicídio de vários polícias num contexto terrorista” e “porte de armas proibidas num contexto terrorista”, precisou a procuradoria.
A data do julgamento será marcada “nas próximas semanas”, acrescentou.
Segundo a televisão pública RTBF, o julgamento deve começar até ao fim do ano.
A operação policial, apresentada na altura como uma ação de rotina na sequência dos atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris, que fizeram 130 mortos, acabou por acelerar a investigação, uma vez que a polícia se apercebeu de que tinha deixado escapar Salah Abdeslam, a monte há quatro meses.
As buscas tinham começado no número 60 da Rue du Dires, onde a polícia encontrou vestígios da presença do único sobrevivente dos ‘jihadistas’ que atacaram Paris.
Abdeslam e Ayari acabaram por ser detidos três dias depois da operação, a 18 de março, em Molenbeek, também em Bruxelas.
Quatro dias depois, a capital belga foi palco de uma série de atentados suicidas, no aeroporto e no metropolitano, que fizeram 32 mortos.
Os autores destes atentados pertenciam à mesma célula envolvida nos atentados de Paris e, segundo um “testamento” deixado por um dos bombistas, lançaram os ataques precipitadamente, após a detenção de Abdeslam.
Salah Abdeslam está detido em França e Sofiane Ayari está detida na Bélgica.
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