“A casa não estava arrumada, havia matérias que necessitavam de uma organização, era preciso organizar de outra forma as questões internas, era preciso termos uma preocupação maior com a execução orçamental. Por exemplo, nesta casa nunca existiu um orçamento retificativo vai existir amanhã pela primeira vez”, disse Guilherme Figueiredo à Lusa antes de a assembleia-geral discutir e aprovar o orçamento retificativo de 2017 do conselho Geral e da Ordem.
O bastonário explicou que a atual direção da OA sentiu necessidade de apresentar um orçamento retificativo porque pretende apresentar aos advogados um orçamento real, verdadeiro e transparente.
“Se nós queremos ter um orçamento verdadeiro, ele tem de ser retificado quando ultrapassa aquilo que foi fixado, principalmente se os orçamentos não forem reais”, sustentou o bastonário.
Para Guilherme Figueiredo, com esta postura “há mais verdade” uma vez que o orçamento retificativo tem em conta o realizado e as necessidades futuras “e não aquilo que foi orçamentado”.
“Aquilo que determina a verdade de um orçamento é a execução orçamental e as necessidades futuras. Tudo isto tem de ser ponderado. Se olharmos só para os números do orçamento podemos estar a fazer uma reprodução sistemática e anual do que está errado”, sustentou.
Questionado sobre se esta promessa de rigor orçamental na Ordem encerra uma critica implícita à sua antecessora [Elina Fraga], o bastonário garantiu que não, afirmando que esta preocupação tem a ver com o seu estilo próprio.
“Não encerra critica nenhuma à minha antecessora, é uma preocupação que tem a ver com o meu próprio estilo. Eu acho que a execução orçamental não deve ultrapassar o que está orçamentado e se tiver de ultrapassar deve ser apresentado na Assembleia-Geral um orçamento retificativo”, acrescentou.
A Ordem dos Advogados convocou uma assembleia-geral onde será também discutido e aprovado o orçamento consolidado para 2018. No mesmo dia a AG irá discutir e deliberar sobre a alteração de vários artigos do regulamento de estágio.
Comentários