“Apelo à libertação imediata do Presidente Bazoum e da sua família, e à preservação da democracia duramente conquistada pelo Níger”, afirmou Biden numa declaração emitida no 63.º aniversário da proclamação da independência do país da África Ocidental, uma base militar fundamental para as forças ocidentais na sua luta contra os terroristas no Sahel.
“Neste momento crítico, os Estados Unidos estão ao lado do povo do Níger, respeitando uma parceria de décadas enraizada em valores democráticos partilhados e no apoio ao governo civil”, acrescentou Biden.
“O povo do Níger tem o direito de escolher os seus dirigentes. Eles pronunciaram-se em eleições livres e justas e isso deve ser respeitado”, acrescentou.
Em comunicado, Biden sublinhou a importância da parceria entre os Estados Unidos e o Níger, país que o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, visitou em março, tendo-se encontrado com o Presidente Bazoum.
“A defesa dos valores democráticos fundamentais e o apoio à ordem constitucional, à justiça e ao direito de reunião pacífica são essenciais para a parceria entre o Níger e os Estados Unidos”, afirmou.
O Níger tornou-se um aliado essencial do Ocidente, em particular da França, com mil soldados estacionados no país. A administração Biden quer envolver-se mais em África para contrariar a influência crescente da China e – mais recentemente – da Rússia.
Os Estados Unidos têm uma base aérea no centro do Níger, utilizada para pilotar drones para atacar e vigiar os jihadistas.
A 26 de julho, um golpe de Estado no Níger, liderado pelo general Abdourahamane Tchiani, derrubou o Presidente democraticamente eleito, Mohamed Bazoum.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) deu aos golpistas um ultimato que exige o regresso à ordem constitucional até domingo e levantou a hipótese de uma intervenção militar.
O Níger é um dos países mais pobres do mundo, apesar dos seus recursos de urânio. Assolado por ataques de grupos ligados ao Estado Islâmico e à Al-Qaida, é o terceiro país da região a sofrer um golpe de Estado desde 2020, depois do Mali e do Burkina Faso.
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