O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse hoje recear que a junta militar que governa o Níger, desde o golpe de Estado de 26 de julho, tenha menos controlo sobre os fluxos migratórios a partir do Sahel.
Mais de 20.000 pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas num mês devido à violência pós golpe militar no Níger, segundo o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que teme uma nova crise de deslocamentos.
Os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) reúnem-se esta semana na cidade espanhola de Toledo para discussões informais sobre o apoio à Ucrânia e o golpe de Estado no Níger.
A reunião entre a delegação da Comunidade de Estados da África Ocidental (CEDEAO) e o líder da junta militar que está a governar o Níger teve poucos ou nenhuns resultados, disse uma fonte citada pela AP.
O Papa Francisco pediu hoje uma solução pacífica e diplomática para a crise no Níger, onde os militares tomaram em julho o poder ameaçando a estabilidade na região africana do Sahel.
Habitantes da capital do Níger, Niamey, estão a preparar-se para uma guerra contra os países da região que admitem intervir no país para repor a ordem constitucional, na sequência do golpe de Estado de julho.
A junta militar no poder no Níger, após o golpe de Estado, quer conversar com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), confirmou hoje um membro da delegação nigeriana de líderes religiosos que se reuniu com os militares.
Chefes religiosos nigerianos chegaram hoje a Niamey para se reunirem com membros do regime militar, após um golpe de Estado que afastou o presidente eleito do Níger, Mohamed Bazoum, disse à AFP fonte próxima do regime.
O Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, reforçou hoje que não apoia qualquer intervenção militar no Níger e garantiu que “dificilmente” o país vai integrar uma força dessa natureza no âmbito da organização da África Ocidental.
O secretário do Departamento de Estado norte-americano, Antony Blinken, manifestou esta quinta-feira o seu apoio à iniciativa da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para restabelecer a ordem constitucional no Níger.
O presidente da Comissão da União Africana manifestou hoje o seu "firme apoio às decisões” da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que na quinta-feira decidiu enviar uma "força de reserva" para restaurar a ordem constitucional no Níger.
A junta militar no poder no Níger ameaçou matar o Presidente deposto se os países vizinhos consumarem uma intervenção militar, segundo disseram funcionários ocidentais, sob condição de anonimato.
O Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, defendeu hoje em Abuja, que a "negociação diplomática" deve ser a "pedra angular" da abordagem da CEDEAO com a junta militar no poder no Níger.
Cinco soldados foram mortos e outros quatro ficaram feridos num ataque de alegados terroristas, na quarta-feira, contra uma posição da Guarda Nacional em Bourkou-Bourkou, na região de Tillabéri, Níger, anunciaram as autoridades.
A CEDEAO realiza hoje em Abuja, sede da organização, uma cimeira extraordinária para debater a situação criada pelo golpe de Estado de 26 de julho no Níger e avaliar uma intervenção militar para repor a legalidade constitucional.
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que Mohamed Bazoum "é o único chefe de Estado do Níger, apesar do golpe dos militares" que sofreu em 26 de julho.
Os militares golpistas do Níger recusaram a entrada a uma delegação tripartida da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), União Africana e ONU que deveria reunir-se hoje em Niamey com a junta militar no poder.
A Comissão Europeia considerou hoje que ainda "há uma possibilidade de mediação" para reverter o golpe militar no Níger e advertiu que "não haverá consequências positivas" com a cimentação do poder tomado à força.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apelou hoje à "libertação imediata" do Presidente deposto do Níger, Mohamed Bazoum, detido desde a semana passada pelos militares que estiveram na origem de um golpe de Estado.
Oito dos 10 portugueses identificados que manifestaram vontade de sair do Níger já foram retirados do país africano, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), referindo que a retirada de cidadãos nacionais continua.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português anunciou hoje já foi retirado pelo menos um dos nove portugueses que se encontram registados no Níger, palco de um golpe de Estado.
Cidadãos portugueses encontram-se entre as 262 pessoas retiradas do Níger pelo avião francês vindo do país africano, que esta noite aterrou no aeroporto Paris-Roissy Charles de Gaulle, segundo dados da diplomacia francesa.
As fronteiras terrestres e aéreas do Níger foram reabertas na terça-feira, cerca de uma semana após o seu encerramento, no contexto do golpe de estado que afastou o Presidente eleito Mohamed Bazoum.
Várias capitais regionais do Níger acolheram hoje manifestações de apoio à junta militar golpista, que se autodenomina Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), nas quais os participantes apelaram à saída das forças francesas do país e a uma aproximação à Rússia.