O chefe da diplomacia norte-americana chegou à Arábia Saudita hoje à tarde, vindo dos Emirados Árabes Unidos, onde se reuniu com o presidente, Mohamed bin Zayed Al Nahyan, para discutir a forma de impedir a expansão da guerra em Gaza, no meio de uma escalada de tensões em todo o Médio Oriente.
Em Abu Dhabi, Blinken, que parte hoje à noite para Israel, e Bin Zayed sublinharam a “importância de trabalhar para evitar a expansão do conflito de uma forma que ameace a paz regional, bem como criar um horizonte claro para uma paz abrangente e duradoura na região”, segundo a agência noticiosa dos Emirados WAM.
Na respetiva conta pessoal na rede social X (ex-Twitter), Blinken indicou ter analisado com Al Nahyan “os esforços para evitar que o conflito na região se alargue e para responder às necessidades humanitárias em Gaza”.
“Sublinhei o nosso empenho contínuo na criação de um Estado palestiniano independente”, acrescentou o chefe da diplomacia norte-americana, que já defendeu anteriormente que uma solução de dois Estados é a forma mais adequada de acabar não só com a guerra em Gaza, mas também com o histórico conflito israelo-palestiniano.
A visita de Blinken à Arábia Saudita coincide com a do chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, que se reuniu hoje com o ministro dos Negócios Estrangeiros saudita, Faisal bin Farhan, também em al-Ula, cerca de 1.070 quilómetros a oeste de Riade, e reiterou o empenho na criação de um Estado palestiniano, sobre o qual existe um amplo consenso internacional.
No final da visita à Arábia Saudita, o chefe do Departamento de Estado norte-americano deslocar-se-á a Israel, onde insistirá na importância de proteger os civis face à ofensiva contra o enclave palestiniano.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, divulgou hoje que mais de 23 mil pessoas morreram desde o início da ofensiva de Israel contra o Hamas em Gaza.
A guerra em curso na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em Israel, que matou cerca de 1.200 pessoas, em 7 de outubro, e que também fez nesse mesmo dia mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma ofensiva aérea e terrestre que provocou um elevado nível de destruição de infraestruturas na Faixa de Gaza, um pequeno território com cerca de 2,3 milhões de habitantes.
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