Quando questionado sobre o sucesso eleitoral da União Nacional (Rassemblement National, em francês) no domingo, na primeira volta das legislativas francesas, Blinken absteve-se de fazer qualquer comentário direito ao escrutínio, mas aproveitou para falar sobre o fortalecimento da NATO desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022.
“Não creio que isso vá mudar, seja qual for a política do momento na Europa”, defendeu o chefe da diplomacia dos Estados Unidos.
A União Nacional (extrema-direita), partido de Marine Le Pen e de Jordan Bardella, tradicionalmente reservado em relação à NATO, venceu a primeira volta das eleições legislativas em França com o resultado histórico de 33,4% dos votos, à frente da Nova Frente Popular, coligação que reúne os partidos de esquerda (27,99%), e do bloco político do Presidente francês Emmanuel Macron (20,04%).
Sem comentar os resultados eleitorais, Blinken centrou a sua resposta na certeza de que os aliados europeus não deverão alterar as suas posições sobre o apoio à Ucrânia, na resistência à invasão russa.
“A aliança está a mobilizar-se para garantir que temos as defesas certas em toda a Aliança, onde são necessárias, onde são importantes”, disse Blinken, numa intervenção no Brookings Institute, um centro de reflexão em Washington.
“Esta tem sido uma trajetória clara durante três anos e meio. Não creio que isto vá mudar, qualquer que seja a política do momento na Europa”, reforçou Blinken.
“Temos aliados muito fortes, parceiros muito fortes”, acrescentou o chefe da diplomacia norte-americana, citando em particular o caso de Itália, país liderado pela primeira-ministra Giorgia Meloni, que está à frente de uma coligação governamental de direita e extrema-direita.
Desde a invasão russa em fevereiro de 2022, a NATO acolheu dois novos membros, a Finlândia e a Suécia, elevando o seu número total de Estados-membros para 32.
A NATO vai organizar uma cimeira em Washington na próxima semana, assinalando-se o 75.º aniversário da Aliança Atlântica.
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