“Hoje é sexta-feira, para muitos de nós é o dia que assinala o início do fim de semana, mas para os russos é dia da repressão. Às sextas-feiras, habitualmente, a Rússia anuncia mais nomes para incluir na lista denominada: ‘agentes externos’. A Rússia utiliza-a para levar a cabo uma caça às bruxas contra os seus cidadãos, particularmente os que são críticos do regime, considerando-os traidores”, disse o porta-voz da Comissão Peter Stano numa conferência de imprensa em Bruxelas.
O porta-voz do executivo comunitário acrescentou que até hoje a Rússia incluiu naquela lista “763 pessoas, organizações e órgãos de comunicação social”, que incluiu “artistas, investigadores, jornalistas” e todos os colocam em causa o passado e o presente da sociedade russa.
“A União Europeia vai continuar a apoiar a sociedade civil e os diferentes órgãos de comunicação social” que lutam contra a repressão do regime de Vladimir Putin, completou Peter Stano, porta-voz responsável pelos Negócios Estrangeiros.
Desde o início da invasão à Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, o Kremlin tem aumentado a repressão contra a população que questiona as motivações e consequências do conflito no território ucraniano.
Moscovo construiu uma narrativa para acompanha a “operação militar especial” e designar o conflito, por exemplo, como uma “guerra” pode ser considerado traição, por, na ótica de Moscovo, ser uma designação com o propósito de destabilizar a unidade nacional.
Vários órgãos de comunicação social deixaram de operar ou tiverem de fazê-lo fora do país, já que qualquer informação que contradiga a narrativa criada pelo Kremlin é considerada traição e punida como tal.
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