Na semana passada, o Governo polaco indicou que o envio dos aviões de guerra seria feito apenas no quadro de uma maior coligação internacional.

A Eslováquia também já declarou estar pronta para fornecer aviões Mig-29 a Kiev.

Na mesma ocasião, as autoridades de Varsóvia e de Bratislava instaram outros países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, de que Polónia e Eslováquia são membros) a juntarem-se ao envio dos caças para a Ucrânia.

A Força Aérea ucraniana está familiarizada com os caças de fabrico soviético, podendo pô-los rapidamente a voar.

A Polónia usa os caças desde 1989 e tem 28 aparelhos Mig-29, que têm vindo a ser progressivamente substituídos pelos jatos multitarefas F-16 norte-americanos e pelos FA-50 sul-coreanos. Varsóvia está também a negociar a compra de caças F-35 aos Estados Unidos.

A Ucrânia tem pedido ao Ocidente aviões de combate para reforçar as defesas de Kiev enquanto a guerra iniciada com a invasão russa a 24 de fevereiro de 2022 se arrasta pelo segundo ano.

Ainda não há sinais de que as grandes potências, como os Estados Unidos e o Reino Unido, concordem em enviar aviões de guerra para a Ucrânia.

A ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Atualmente, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kiev e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.231 civis mortos e 13.734 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.