A proibição temporária da captura de sardinha com artes de cerco, hoje publicada em portaria, vigora a partir de quarta-feira e até 30 de abril, período em que os pescadores podem escolher a paragem de atividade por 30 dias e solicitar o respetivo apoio social.
"Um mês de paragem significa três milhões de euros, mas o valor certo vai depender das candidaturas apresentadas", afirmou José Apolinário, explicando que a estimativa se baseia nos dados de apoios sociais do ano passado, quando foram apoiados 1.400 pescadores e 130 embarcações.
A interdição de pesca abrange as embarcações licenciadas para operar com artes de cerco na zona 9, desde a Galiza ao Golfo de Cádis, e que foi definida pelo Conselho Internacional para a Exploração do Mar (CIEM).
As medidas de apoio social hoje publicadas, e que entram na quarta-feira em vigor, integram-se num documento ainda mais amplo e que está a ser preparado com o país vizinho, segundo o governante.
"Estamos a trabalhar com Espanha para termos um plano concertado, um conjunto de medidas de recuperação do 'stock' da sardinha, com gestão conjunta" dos dois países, afirmou José Apolinário, em declarações à Lusa.
O documento, que ainda está a ser preparado, deve ser enviado a Bruxelas dentro de uma semana, segundo o governante: “Estamos a trabalhar para ter tudo pronto em 04 de dezembro", concluiu.
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