Em declarações à Lusa, o vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Braga, Altino Bessa, explicou que a DiverLanhoso, empresa que ganhou o concurso público para instalar no sopé do Monte Picoto o referido equipamento, “tinha que dar seguimento” ao projeto “e não deu”, salientando que da paragem do processo não resultam “prejuízos financeiros” para a autarquia e que o projeto “é para avançar”.
A Lusa contactou a DiverLanhoso, que não quis prestar declarações.
“Este processo está no gabinete jurídico porque a empresa que venceu o concurso praticamente desapareceu em termos de contactos formais com a Câmara Municipal. Tentámos contactá-los de várias formas e feitios e não conseguimos”, explicou o vereador.
Segundo o responsável, “os serviços jurídicos estão a analisar como do ponto de vista jurídico a câmara pode fazer face a esta situação”.
Questionado sobre se o impasse punha em risco o projeto, Altino Bessa garantiu que não: “É um projeto que a autarquia quer avançar, não tem sido fácil. No primeiro concurso houve desistência do vencedor [a três dias da adjudicação da obra], neste segundo não houve desistência nem deixou de haver. Deixou de haver contactos”, respondeu.
Bessa adiantou ainda que “não há um prejuízo financeiro para a autarquia” pelo atraso ou paragem no processo.
“Há um prejuízo de um projeto que a câmara quer fazer e a empresa tinha determinadas obrigações. Nós até poderíamos estar disponíveis a, se a empresa viesse alegar determinado tipo de argumentos válidos para adiarmos o projeto, aceitar. O que é certo é que nem isso nos foi pedido. A única coisa certa é que a empresa deixou de ter contactos com a câmara e os contactos com a empresa que a câmara tentou foram infrutíferos”, reafirmou.
A autarquia bracarense quer instalar um Parque Aventura numa área de 14.366 metros quadrados, sendo que o valor do direito de superfície de ambos os concursos públicos foi de 107.410,88 euros, por um prazo de 25 anos, prorrogável por períodos iguais e sucessivos de cinco anos, mediante prévio acordo.
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