Num evento em Washington, Blair declarou que a crise climática está a afetar desproporcionalmente o Canadá e, especialmente, as regiões do Ártico.
“No Ártico estamos a assistir a um aumento do aquecimento quatro vezes superior à média global, o que o torna mais acessível e vulnerável”, sublinhou o ministro, que reuniu hoje com o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, para apresentar-lhe a nova política de defesa do Canadá.
Blair acrescentou que quer a Rússia, quer a China, estão a investir nas infraestruturas do Ártico, “criando novas capacidades”, e que ambos os países expressaram “o desejo de trabalhar em conjunto” contra os interesses do Canadá e dos Estados Unidos, forçando Otava a atualizar a sua política defensiva.
Essa estratégia está focada na proteção do Canadá e da América do Norte.
“A principal tarefa é proteger o nosso norte e trabalhar com os Estados Unidos para garantir a segurança continental”, acrescentou.
Bill Blair também reafirmou o compromisso do Canadá de alocar 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) para a defesa e observou que para o ano fiscal de 2029-2030 o número aumentará para 1,76%.
O governante salientou ainda que, com a mais do que provável aquisição de uma nova frota de submarinos, a percentagem ultrapassará a meta fixada pelos países da NATO.
“Os submarinos estão a tornar-se um ativo estratégico e o Canadá precisa de investir. A nossa frota atual está a envelhecer. Foram comprados em segunda mão no final da década de 1990”, lembrou.
Comentários