O incêndio florestal em La Palma, nas Ilhas Canárias, começou este sábado. Para já, 4.675 hectares foram devastados pelo fogo e os municípios de Tijarafe e Putagorda tiveram de ser evacuados, deixando mais de 4.000 residentes sem abrigo. Mas as consequências podem não ficar por aqui.

Segundo o jornal espanhol "El País", os serviços de emergência no local conseguiram conter o avanço de uma frente do fogo, mas temem que o incêndio possa alastrar para o Parque Nacional de Caldera de Taburiente, caso as condições climatéricas piorem.

Cerca de 100 bombeiros e 11 meios aéreos tentam controlar os danos. O ministro da Indústria, Comércio e Turismo, Héctor Gómez, transferido para La Palma, acredita que com os meios disponíveis será possível  "impedir que o fogo continue a desenvolver-se", mas lembra que "temos uma massa de pinheiros muito forte e o calor destes dias não ajudou a conter o fogo".

O sistema europeu Copernicus, Programa de Observação da Terra da União Europeia, foi ativado a pedido de Espanha e desde o meio-dia de hoje está a fornecer via satélite imagens detalhadas sobre o estado do incêndio.

Além do incêndio em La Palma, outros dois, de menor dimensão, deflagraram nas últimas horas, um em Tenerife, outro na Gran Canária. Foram afetados até ao momento cerca de 60 hectares e 200 cabeças de gado, e 50 pessoas tiveram de ser retiradas de local.