“Na madrugada de 19 de setembro, as tropas russas atacaram uma zona industrial em Lviv, onde estava localizado o armazém de ajuda humanitária da Caritas-Spes Ucrânia. Todos os colaboradores da equipa da Cáritas saíram ilesos, mas o armazém, com todo o seu interior, foi totalmente queimado”, descreveu a instituição em comunicado enviado à Lusa pela congénere portuguesa.

Segundo a Cáritas-Spes, os danos ainda estão a ser calculados em detalhe, mas foi confirmada a destruição de 33 paletes de embalagens de alimentos, dez de ‘kits’ de higiene e alimentos enlatados, dez de roupas e diversos geradores e outros equipamentos.

No total, as perdas são estimadas em cerca de 300 toneladas de bens de ajuda humanitária recolhida através de doações e que estavam destinads a 660 famílias.

A cidade de Lviv, situada a cerca de 500 quilómetros a oeste da capital ucraniana, Kiev, mantém-se desde o primeiro dia da invasão russa, em 24 de fevereiro do ano passado, longe das frentes de combate, mas acolhe mais de 250 mil deslocados e é alvo ocasionalmente de ataques aéreos russos.

A Caritas-Spes, segundo a informação disponível na sua página ‘online’, foi fundada pelos bispos católicos ucranianos em 1995, sendo a primeira organização de assistência humanitária desde a independência do país após a separação da União Soviética em 1991.