"[O Iniciativa Liberal] é um projecto de ideias independente das caras. Se o meu trabalho tiver sido bem feito, quem votou no partido não votou em pessoas, voltou em ideias. Sempre fui contra a personalização. Muitos votaram IL sem saber quem era o seu líder."

Carlos Guimarães Pinto, membro 219, recorda que há perto de um ano, na convenção realizada em outubro de 2018, o Iniciativa Liberal tinha cerca de 230 membros e votaram mais de 100. Agora com cerca de 600 membros, espera uma participação de 300 a 400 membros na convenção onde serão apresentadas as listas candidatas à presidência do partido que acaba de abandonar .

"Sempre considerei ficar apenas em duas circunstâncias, porque, para mim, a política não é uma profissão: se fosse eleito deputado, aí cumpriria o meu mandato, e se os resultados do Iniciativa Liberal fossem maus, sentia que tinha a obrigação de continuar e de corrigir os meus erros. Atingi os objectivos a que me propus, defendi as ideias que considero certas, cumpri a minha missão. Mas está não é a minha carreira, e quero voltar à minha carreira, acabar o meu doutoramento, para ter sempre onde regressar, "afirma.

"Claro que continuarei a ser membro do Iniciativa Liberal e a colaborar com o partido e a ir às reuniões no Núcleo do Porto a cada duas semanas e até a participar da forma que me pedirem.”

Quanto ao novo presidente, Carlos Guimarães Pinto garante que tem a sua preferência, mas preferiu não tomar essa "liberalidade" e optou por guardar para si o nome que já escolheu.

As eleições, diz, deverão realizar-se entre "meio de dezembro e início de janeiro", num processo simples.