"A confirmar-se o trânsito em julgado do acórdão do TEDH, naturalmente que avançarei em nome de Carlos Cruz com um pedido de revisão de sentença do processo da Casa Pia", disse Ricardo Sá Fernandes à Lusa, após o Estado ter anunciado não recorrer para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos da decisão que deu razão a Carlos Cruz na parte de uma queixa que este tinha apresentado referente à recusa de provas submetidas pela defesa no processo.
O advogado adiantou que nos próximos dias comunicará os prazos e os termos em que o recurso será apresentado.
Hoje terminava o prazo para o Estado português recorrer do acórdão do Tribunal Europeu que, por quatro votos a favor e três contra, deu razão a Carlos Cruz quanto à recusa do Tribunal da Relação de Lisboa em admitir provas a favor do arguido em sede de recurso.
A deliberação do TEDH surgiu mais de sete anos depois de Carlos Cruz ter sido condenado por abuso sexual de menores.
Carlos Cruz cumpriu dois terços da pena de seis anos de cadeia e saiu em liberdade em julho de 2016.
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