Israel e o Hezbollah estão em guerra aberta desde o fim de setembro, quando o exército israelita lançou uma série de bombardeamentos contra redutos da milícia pró-iraniana e operações terrestres no sul do Líbano, após quase um ano de hostilidades transfronteiriças.
"Só vemos um caminho possível: um cessar-fogo imediato e a plena aplicação da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU", que pôs fim à guerra entre Israel e o Hezbollah em 2006, declarou Borrell, após reunir-se com o presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri.
A resolução 1701 dita também que as tropas libanesas e a força de manutenção da paz na ONU devem ser as únicas forças armadas no sul do país, um dos redutos do Hezbollah, exortando Israel a retirar as suas tropas do Líbano.
"Vim em setembro e esperava que se pudesse impedir uma guerra aberta de Israel e o Líbano. Dois meses depois, o Líbano está à beira do colapso", assinalou Borrell aos jornalistas.
Josep Borrell disse ainda que a UE estava disposta a fornecer 200 milhões de euros ao exército libanês, cuja grande mobilização ao longo da fronteira com Israel constitui um ponto-chave nas negociações.
Os Estados Unidos da América (EUA) apresentaram às autoridades um plano com 13 pontos, que prevê um cessar-fogo de 60 dias e a retirada do exército do sul do Líbano.
"Devemos pressionar o governo israelita e e manter a pressão sobre o Hezbollah para que aceite a proposta americana de cessar-fogo", disse Borrell.
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