“Nós estabilizámos uma primeira reação ao nível europeu e agora esperamos que as autoridades russas tomem iniciativas que permitam superar esta crise”, afirmou Augusto Santos Silva, à margem do salão ‘Global Industrie', que decorre até sexta-feira, em Paris, e que conta com a participação de cerca de 90 empresas lusas.
O ministro precisou que Portugal tem “pedido que haja explicações plausíveis das autoridades russas” e “o comprometimento de todos, de forma a que haja condições para que sejam investigados os factos até ao último detalhe para que os seus responsáveis sejam encontrados e sejam punidos”.
O chefe da diplomacia portuguesa reiterou que “a resposta de Portugal fez-se no quadro da NATO”, organização que expulsou sete diplomatas russos acreditados em Bruxelas e recusou a acreditação a outros três.
“Foi também uma resposta unânime no quadro europeu. A União Europeia decidiu, como União Europeia, chamar para consultas o seu embaixador em Moscovo. E do ponto de vista nacional, do ponto de vista bilateral, nós alinhámos a nossa primeira reação exatamente pela reação da União Europeia, também chamando a consultas o nosso embaixador”, justificou.
Santos Silva sustentou, como já tinha feito, que esta decisão dá a Portugal “a capacidade de ir acompanhando este processo que será certamente evolutivo”.
O governante reiterou, ainda, que há “um apoio muito firme da parte de todos os países europeus e um apoio muito firme da parte de todos os países da NATO ao Reino Unido que foi vítima de um ataque e um ataque de uma forma que não é absolutamente aceitável a nenhum título”.
Desde segunda-feira, mais de duas dezenas de países, incluindo mais de metade dos Estados membros da União Europeia, e a NATO anunciaram a expulsão de agentes dos serviços de informações russos colocados nas embaixadas da Rússia.
A ação concertada é uma resposta ao envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal e da filha, Yulia, com um gás neurotóxico, em 04 de março em Salisbury, no sul de Inglaterra.
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