
“Acho que é, de facto, uma intervenção completamente gratuita, profundamente desnecessária e, acima de tudo, muito perigosa”, que acontece “numa zona do mundo muito sensível”, afirmou.
O candidato a Presidente da República falava à agência Lusa e ao Observador no final de uma visita ao Centro de Dia Algueirão Mem-Martins, no concelho de Sintra.
“Só posso lamentar uma situação desta natureza e, sobretudo, desejar que haja, como já parece que começa a haver, algumas tentativas de mediação para que este conflito não venha a escalar ainda mais”, declarou.
Luís Marques Mendes afirmou que Israel e o Irão “têm uma relação tensíssima há muito tempo” e considerou que “esta é uma situação preocupante”.
O candidato a Belém nas eleições presidenciais de janeiro do próximo ano assinalou que “a preocupação é diária, é constante”, e no que toca à faixa de Gaza existe “já há bastante tempo”.
“Relativamente à faixa de Gaza, começa a ser urgente que a Europa, ou a maior parte os países europeus, tomem decisões mais fortes e mais firmes”, defendeu, considerando que aquilo que está a acontecer naquela zona “é uma situação intolerável”.
“Não está em causa o direito de Israel à autodefesa, mas Israel está a abusar da sua intervenção, a criar uma crise humanitária sem precedentes e a tentar dizimar um povo. A pretexto de um grupo terrorista, está-se a tentar dizimar um povo, e julgo que é tempo de a Europa ser mais firme, a condenar e a agir”, salientou.
Marques Mendes defendeu também o reconhecimento do Estado da Palestina, “porque é uma forma de pressão”, e a suspensão do “acordo de associação na parte comercial entre Israel e a União Europeia”, por forma a “introduzir uma pressão muito forte junto do Governo de Israel”.
“Povo de Israel é uma coisa, Estado de Israel é uma coisa, Governo de Israel é outra, tal como Hamas é uma coisa e o povo palestiniano é outra, completamente diferente. Impõe-se que a Europa, os países da Europa, incluindo Portugal, sejam mais firmes nesta matéria”, referiu.
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