“Não estou em Portugal há alguns dias. Nenhuma reunião me foi pedida. Mas, se fosse, não a poderia conceder. O meu interlocutor é o Governo de Espanha”, explicou à Lusa Augusto Santos Silva, desde Quito, no Equador, onde participou num encontro do Grupo Internacional de Contacto para a Venezuela.
O ministro dos Negócios Estrangeiros disse que Portugal não tem “contactos oficiais ou oficiosos com a Catalunha”, porque as relações diplomáticas são estabelecidas com o Governo de Madrid.
Quim Torra esteve hoje reunido com deputados de vários partidos portugueses, justificando a sua deslocação a Lisboa dizendo que serve para agradecer a resolução, aprovada há exatamente um ano no parlamento português, que pedia que fosse encontrada “uma solução política para a questão nacional em Espanha, no respeito pela vontade dos seus povos e, consequentemente, da vontade do povo catalão, e da salvaguarda dos direitos sociais e outros direitos democráticos dos povos de Espanha".
Questionado sobre a posição do Governo português, que nunca reconheceu a declaração de independência da Catalunha de 27 de outubro de 2017, Quim Torra disse que isso se deve ao facto de Portugal estar integrado na União Europeia, “um clube de Estados”, pelo que tem de seguir a diplomacia comum.
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