“A fadista para quem cantar era uma alegria, inspirou gerações de artistas com o seu talento e dedicação”, lê-se na nota de Luís Filipe de Castro Mendes, que “lamenta profundamente” a morte de Celeste Rodrigues.
O ministro refere que a música sempre esteve presente na vida de Celeste Rodrigues, que começou a cantar aos 22 anos, a convite do empresário José Miguel.
Castro Mendes refere a “timidez” de Celeste Rodrigues, que “tinha uma destacada capacidade de interpretação e foi uma das primeiras fadistas”, nomeadamente na internacionalização do fado, tendo protagonizado uma “vibrante carreira”.
O ministro da Cultura salienta, do seu repertório, o “Fado das Queixas” e “A Lenda das Algas” assim como a participação no espetáculo “Cabelo Branco é Saudade”, concebido pelo encenador Ricardo Pais, quando dirigia o Teatro Nacional S. João, no Porto.
A intérprete “aliou os fados tradicionais aos autores contemporâneos”, afirma o ministro.
Celeste Rodrigues, de 95 anos, morreu hoje, em Lisboa, e celebrizou fados como “Noite de Inverno” e “Saudade vai-te embora”, tendo, ao longo de uma carreira de 73 anos, pisado os mais diferentes palcos, desde as casas de fado em Lisboa, ao antigo Casino da Urca, no Rio de Janeiro, ao lado da irmã Amália Rodrigues, do Teatro dos Campos Elísios, em Paris, ao Concertgebouw, em Amesterdão, ou o Queen Elizabeth Hall, em Londres, entre outros.
A fadista Celeste Rodrigues era uma "lenda viva", para Madonna, mas foi Argentina Santos a reconhecer-lhe o segredo, “uma caixinha de música na garganta”.
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