"Foi determinado o luto municipal do dia 1 a 3 de agosto, colocando a bandeira do município a meia haste durante esse período", refere a autarquia em comunicado enviada à agência Lusa.
Na nota, este município do distrito de Castelo Branco também apresenta "sentidas condolências à família e amigos desta ilustre cidadã" do concelho.
A informação lembra igualmente que Celeste Rodrigues nasceu em Alpedrinha (Fundão), em 1923, e que foi homenageada pela autarquia fundanense, no ano de 2015, com a atribuição da Medalha de Mérito Municipal.
Nascida no Fundão, em 14 de março de 1923, irmã de Amália Rodrigues, Celeste Rodrigues iniciou a carreira há 73 anos, ao aceitar o convite feito pelo empresário José Miguel (1908-1972), detentor de vários teatros e casas de fado, entre os quais o Café Casablanca.
Com 95 anos, a fadista morreu hoje, em Lisboa, e celebrizou fados como "Noite de Inverno", "As Lendas Algas" e "Saudade vai-te embora", tendo, ao longo de uma carreira de 73 anos, pisado os mais diferentes palcos, desde as casas de fado de Lisboa, ao antigo Casino da Urca, no Rio de Janeiro, onde atuou com a irmã Amália Rodrigues, ao Teatro dos Campos Elísios, em Paris, ou ao Concertgebouw, em Amesterdão, e ao Queen Elizabeth Hall, em Londres.
Celeste Rodrigues atuou em abril no Town Hall, em Nova Iorque, ao lado de Carlos do Carmo, no âmbito do Festival de Fado.
Em maio, cantou no palco do Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa, e, na altura, disse à Lusa que "cantar é sempre uma alegria”.
No último ano, a fadista estreitou relações com Madonna, atualmente a viver em Lisboa, com quem passou a última passagem do ano, em Nova Iorque.
Numa das suas entrevistas à Lusa, Celeste Rodrigues afirmou: "Acho que o fado é uma música linda, maravilhosa. Com palavras bonitas, ainda mais maravilhoso fica. Portanto, é natural que faça sucesso. E [o fado] entra em nós, está nas veias de todos os portugueses".
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