Uma multidão compacta reuniu-se ao final da tarde de hoje, a algumas centenas de metros da embaixada israelita, gritando “Somos todos filhos de Gaza”, “Viva a luta do povo palestiniano”, “Gaza livre” e “Gaza, Paris está convosco”, relata a agência de notícias Agence France-Presse (AFP).
Muitos manifestantes chegaram com bandeiras palestinianas, outros usavam os lenços keffiyehs ou empunhavam cartazes com mensagens como: “Não matem uma criança, seja ela judia ou palestiniana: Parem os bombardeamentos, libertem a Palestina”, “Rafah, Gaza, estamos convosco”.
“Ontem [domingo], palestinianos foram queimados vivos pelos bombardeamentos israelitas num campo de refugiados. Vimos vídeos de famílias a retirarem os seus entes queridos das tendas em chamas. É um massacre a mais”, denunciou François Rippe, vice-presidente da Association France Palestine solidarité (AFPS), um dos organizadores da manifestação, entrevistado pela AFP.
Até ao final da tarde, a polícia não conseguiu fazer um balanço do número de pessoas presentes no protesto que, segundo François Ripe, passou os “vários milhares”.
“Pegam fogo a um campo de refugiados, queimam pessoas e nós não convocamos a embaixadora de Israel para a chamar à responsabilidade. É simplesmente insuportável”, lamentou Rippe.
A ONU e muitos outros países condenaram o ataque israelita a um campo de deslocados em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e os Estados Unidos apelaram uma vez mais a Israel para que “proteja os civis”.
Por seu lado, o exército israelita afirmou estar a investigar o que o primeiro-ministro descreveu como um “acidente trágico”.
Comentários