A poucas horas do final do prazo fixado para a entrega formal de candidaturas para a eleição do sucessor de Jeroen Dijsselbloem, a ter lugar na reunião do Eurogrupo da próxima segunda-feira, em Bruxelas, ainda nenhum dos 19 ministros da zona euro — os elegíveis para o cargo — formalizou a sua candidatura, o que deverá acontecer durante a manhã de hoje, até às 12:00 da Europa central.
Em 16 de novembro passado, o secretariado-geral do Conselho da União Europeia enviou uma carta aos 19 membros da zona euro a explicar os procedimentos para a eleição do presidente do Eurogrupo.
“Os ministros que desejem apresentar as suas candidaturas para se tornarem presidente do Eurogrupo podem fazê-lo por escrito a partir de hoje e o mais tardar até 30 de novembro de 2017, às 12:00 (horário Europa Central). Mais especificamente, e em linha com a prática no passado, os ministros que se apresentem à eleição devem anunciar a sua candidatura numa carta de motivação”, lê-se na missiva enviada às 19 capitais.
Os serviços do Conselho da UE especificaram que na sexta-feira, 01 de dezembro, o presidente do Eurogrupo ainda em funções, Jeroen Dijsselbloem, “tenciona tornar públicos os nomes dos candidatos” à sua sucessão.
Até ao momento, ainda ninguém formalizou a candidatura, mas já manifestaram publicamente “interesse” o ministro eslovaco, Peter Kazimir, a letã Dana Reizniece-Ozola, e o luxemburguês Pierre Gramegna.
Mário Centeno, que há meses tem sido apontado em Bruxelas como sério candidato ao cargo — e que no último Eurogrupo já recebeu mesmo o apoio declarado de Espanha, caso decida avançar -, reconheceu ter mantido múltiplos contactos ao longo das derradeiras semanas, mas ainda não assumiu a candidatura ao posto.
O Eurogrupo prepara-se para eleger o terceiro presidente da sua história, marcada pelas críticas à falta de transparência de um órgão que é supostamente um fórum informal, mas onde foram tomadas muitas das decisões mais importantes durante a crise económica e financeira.
Na sua próxima reunião, na segunda-feira, em Bruxelas, será eleito o sucessor do holandês Jeroen Dijsselbloem, que em janeiro de 2013 sucedeu àquele que foi o primeiro presidente do fórum informal de ministros das Finanças da zona euro, o agora presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que quando assumiu funções (2005) era primeiro-ministro e ministro das Finanças do Luxemburgo.
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