Sob o lema “lutar pelos direitos, valorizar os trabalhadores”, no 1.º de Maio, a intersindical liderada por Arménio Carlos, a CGTP, tem previstas manifestações, concentrações, convívios e iniciativas culturais, desportivas e lúdicas em várias cidades do país.
O dirigente da CGTP João Torres disse recentemente à agência Lusa que “há bom ambiente e sinais positivos de que haverá boa participação e grandes manifestações em todos os locais em que se realiza esta jornada”.
Durante as comemorações, os dirigentes sindicais vão intervir para “valorizar os resultados obtidos pela luta dos trabalhadores”, mas também afirmar que “é preciso intensificar a ação na rua e nas empresas para acabar com os resquícios da política de direita”, disse João Torres.
Segundo adiantou o dirigente sindical, em causa estão o aumento geral dos salários, a atualização do salário mínimo acima dos 600 euros, o combate à precariedade e a valorização da negociação coletiva, entre outras reivindicações.
As comemorações do Dia do Trabalhador em Lisboa começam de manhã, com a Corrida Internacional do 1.º de Maio, com partida e chegada no Estádio 1.º de Maio. Para a tarde está marcado o desfile entre o Martim Moniz e a Alameda D. Afonso Henriques, com intervenções sindicais.
No Porto, durante a tarde, haverá um desfile pelas ruas da baixa, que terminará na Avenida dos Aliados com um comício sindical.
Por sua vez, a UGT optou por comemorar o 1.º de Maio em Figueiró dos Vinhos, uma das localidades afetadas pelos incêndios de 2017, onde estará o secretário-geral da central sindical, Carlos Silva.
As comemorações do Dia do Trabalhador da UGT começam com um desfile sindical do mercado municipal de Figueiró dos Vinhos ao jardim municipal, onde estão previstas as intervenções de Carlos Silva e da presidente da central sindical, Lucinda Dâmaso.
“Justiça salarial e insistência no diálogo social para a administração pública” será uma das mensagens a passar durante as comemorações da UGT, disse à Lusa Carlos Silva, lembrando que para quarta e quinta-feira está agendada uma greve dos trabalhadores da saúde e para dia 19 uma manifestação de professores.
O líder da UGT sublinhou que no 1.º de Maio haverá ainda um apelo à “valorização do interior” e ao “reforço da coesão social e territorial” bem como ao “reforço da concertação social e ao desafio dos empregadores para um acordo sobre legislação laboral”, entre outros temas.
As comemorações deste ano do 1.º de Maio lembram os 132 anos dos acontecimentos de Chicago, que levaram à criação do Dia do Trabalhador. Naquela data foi realizada uma ação de luta pela redução da jornada de trabalho para as oito horas, que foi reprimida com violência pelas autoridades dos Estados Unidos, que causaram a morte a dezenas de trabalhadores e condenaram à forca quatro dirigentes sindicais.
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