A realização dos projetos de execução e especialidades para o centro foi adjudicada após concurso público internacional, havendo agora um prazo de 75 dias para a realização das operações necessárias à submissão para aprovação e licenciamento das operações adjudicadas, precisou o CHUA num comunicado.
“Este equipamento vai permitir reunir, num único espaço físico, a possibilidade de diagnósticos, tratamentos e investigação na área da oncologia, e representa um investimento total de 14 milhões de euros (40% financiados pelo CHUA e o restante pelo Programa Regional Algarve 2030)”, quantificou o centro hospitalar algarvio.
As estimativas apontam para que o novo centro, que vai ser construído no Parque das Cidades Faro-Loulé, possa, “anualmente, dar resposta até três mil doentes com cancro”, avançou a mesma fonte, sublinhando que o terreno se situa junto ao local onde está prevista a construção do futuro Hospital Central do Algarve.
O CORS tem previsto ocupar uma área com cerca de 5.500 metros quadrados e permitirá integrar o Serviço Nacional de Saúde e reunir todas as valências da área da oncologia e imagiologia necessárias para que o doente não precise de sair da região do Algarve para ser tratado, referiu o CHUA.
Este equipamento vai “reunir várias especialidades, como oncologia médica, cirurgia, radioncologia, medicina nuclear, cardiologia, anatomia patológica, patologia clínica, nutrição, dor crónica, medicina física e de reabilitação, cuidados paliativos e apoio social”, esclareceu o centro hospitalar.
O CHUA destacou que o serviço prestado no CORS vai permitir que “o doente, numa única deslocação, possa realizar o seu tratamento de forma integrada e multidisciplinar”
O espaço onde vai ser instalado o CORS foi cedido ao CHUA através de um protocolo assinado a 13 de abril entre o centro hospitalar e a Associação de Municípios Loulé/Faro, que partilham a área onde está o Parque das Cidades, onde está previsto ser edificado o novo hospital central e onde foi construído o estádio Algarve.
O novo Centro Oncológico de Referência do Sul deverá estar a funcionar em finais de 2024, passando a tratar doentes que atualmente se deslocam a Lisboa ou Sevilha (Espanha), estimou uma responsável do CHUA no dia em que foi assinado o protocolo, em 13 de abril.
”Esperamos que este novo centro esteja construído até final do próximo ano, e a funcionar”, disse na ocasião a presidente conselho de administração do CHUA, Ana Varges Gomes.
Anualmente, há cerca de 1.500 doentes oncológicos diagnosticados anualmente no Algarve e vários são encaminhados para exames e tratamentos em Lisboa ou Sevilha, respetivamente, a 280 e a 200 quilómetros de Faro.
“Para todos estes doentes, de alguma forma, para estes 1.500 que temos neste momento, isto vai ser uma mais-valia porque passam a fazer todos os exames de estadiamento no mesmo sítio […], assim como o tratamento”, considerou ainda Ana Varges Gomes.
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