Mais de 60% das pessoas com diabetes vivem na Ásia — e mais de 90% do arroz do mundo é produzido e consumido na região da Ásia-Pacífico. Segundo o The Guardian, o arroz branco tem um índice glicémico elevado, o que pode provocar picos na quantidade de açúcar no sangue.
Uma investigação vem mesmo mostrar uma ligação entre o consumo substancial de arroz e as doenças não transmissíveis, como a diabetes de tipo 2 e as doenças cardíacas.
"A prevalência global da diabetes está a aumentar e a tornar-se um motivo de preocupação crescente. Há várias décadas que é elevada nos países de rendimento elevado, mas cada vez mais se assiste a um aumento rápido também nos países de rendimento baixo e médio", refere Lindsey Smith Taillie, epidemiologista nutricional e professora na Universidade da Carolina do Norte.
Contudo, uma descoberta efetuada por investigadores do Instituto Internacional de Investigação do Arroz (IRRI), na cidade filipina de Los Baños, em parceria com a Universidade da Califórnia, o Instituto Max Planck de Fisiologia Molecular das Plantas, na Alemanha, e o Centro de Biologia dos Sistemas Vegetais da Bulgária, pode ajudar a resolver este problema.
Os investigadores analisaram 380 amostras de sementes ao longo de 10 anos para identificar genes e marcadores com um índice glicémico mais baixo e um teor de proteínas mais elevado. Em seguida, combinaram-nos em “linhas consanguíneas”, criando aquilo a que o IRRI chamou uma opção de arroz mais saudável e amigo da diabetes.
Para já, o arroz ainda não foi cultivado fora dos laboratórios do IRRI, mas o plano é começar a cultivar as novas variedades na Índia e nas Filipinas, como parte do mandato do IRRI para combater a pobreza e a fome em países onde o arroz é o alimento básico.
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