A empresa de energia está sob escrutínio desde o incêndio devastador que matou 115 pessoas naquela cidade da costa oeste da ilha de Maui, no Oceano Pacífico.
A ação, movida esta quinta-feira, afirma que houve negligência por parte da Heco e das suas subsidiárias, uma vez que, apesar dos muitos alertas de ventos fortes devido à proximidade de um furacão, as linhas foram mantidas em funcionamento.
“A empresa sabia que os ventos fortes previstos poderiam derrubar postes, levar ao chão as linhas de energia e queimar a vegetação”, explica a ação. Também "sabiam que, caso o seu equipamento elétrico elevado pegasse fogo, o mesmo propagar-se-ia a uma velocidade criticamente rápida".
Vários vídeos que circulam na internet, supostamente gravados antes de as chamas arrasarem a cidade, mostram a vegetação a ser consumida pelo fogo gerado por faíscas procedentes de cabos caídos no chão.
O condado, cujas autoridades são criticadas por falta de preparação e pela sua fraca resposta à propagação das chamas, pede agora uma indemnização não especificada à empresa de energia pelos danos causados.
As empresas de energia do estado da Califórnia costumam interromper o serviço em longos trechos das linhas de distribuição quando há ventos fortes, uma estratégia que visa a evitar incêndios repentinos. No último dia 14, a diretora da Heco, Shelee Kimura, defendeu a decisão de manter as linhas ativas, sob o argumento que a eletricidade era necessária para bombear água até Lahaina.
Cálculos do governo federal sugerem que o incêndio tenha custado cerca de 5,5 mil milhões de dólares (5,1 mil milhões de euros) em danos.
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