De acordo com Sérgio Gonçalves, representante do Sindicato de Alimentação, Bebidas e Similares, Comércio, Escritórios e Serviços dos Açores, o conselho de administração reuniu-se com os cerca de 180 trabalhadores da fábrica esta manhã para os informar de que todos seriam despedidos com direito a "indemnização e fundo de desemprego", deixando a Cofaco de laborar naquela ilha à até construção de uma nova fábrica.
"Serão pagas as indemnizações e vamos todos para casa com uma promessa verbal de que quando a obra estiver concluída, entre 18 meses e dois anos, nos chamariam de novo para vir trabalhar. Ficamos na expetativa. Como o ditado diz, ‘palavras, leva-as o vento’, mas vamos esperar que estas o vento não leve", afirmou Sérgio Gonçalves.
A fábrica Cofaco, no concelho da Madalena, na ilha do Pico, vai manter os trabalhadores até abril, altura em que arrancam as obras para a construção da nova unidade industrial.
"Queremos acreditar que iremos ser admitidos após dois anos, mas tememos muito pela nossa situação", admitiu o sindicalista.
A conserveira está sem laborar desde o dia 14 de dezembro de 2017, altura em que os trabalhadores – na maioria mulheres - foram "para as férias do Natal" e sem qualquer informação acerca de qual seria a solução para a sua situação.
À margem de uma cerimónia esta manhã em Ponta Delgada, o secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia, Gui Menezes, confirmou estar a acompanhar a situação na empresa, embora tenha indicado que em causa estão 167 trabalhadores e não 180.
Comentários