“Aquilo que se pagou ao engenheiro Fernando Pinto, na minha opinião, foi pouco para o que ele merecia”, respondeu Diogo Lacerda Machado ao deputado Bernardo Blanco, da Iniciativa Liberal (IL), na comissão de inquérito à TAP.
O advogado foi questionado sobre o contrato de prestação de serviços entre a TAP e Fernando Pinto, após cessar funções como presidente executivo, no valor total de 1,6 milhões de euros, denunciado por Mariana Mortágua, na audição à ex-presidente executiva, Christine Ourmières-Widener, a 4 de abril.
“O senhor engenheiro Fernando Pinto era o depositário da história da TAP dos últimos 18 anos, segundo todo o reconhecimento devido ao engenheiro Fernando Pinto, era provavelmente pouco, porque ele geriu a TAP durante 15 anos, pelo menos, sem um cêntimo de capital”, defendeu, realçando que, enquanto administrador não executivo da companhia aérea, “jamais prescindiria dos conselhos indispensáveis” de Fernando Pinto.
Quanto ao valor da prestação de serviços, Lacerda Machado disse que lhe explicaram depois que correspondia “exatamente” aos encargos que havia com Fernando Pinto enquanto CEO da TAP: “Já vi contratos de consultoria muitíssimo mais caros”, apontou.
O ex-administrador garantiu ainda que Fernando Pinto ia “muitas vezes à TAP”, na altura da vigência da prestação de serviços, e que teve vários encontros informais com ele.
Lacerda Machado disse mesmo que, se voltasse atrás no tempo, “eventualmente compensaria mais e melhor o engenheiro Fernando Pinto”, destacando ainda a “relação extraordinária” que ele tinha com os sindicatos e com a comunicação social, “que nunca ninguém conseguiu superar”.
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