As autoridades encontraram no sábado de manhã quatro homens dos cinco por capturar e que integraram o grupo de 17 migrantes que na quinta-feira fugiu de um quartel do exército em Tavira, mas ainda não conseguiram localizar o único elemento que ainda está em fuga, apesar de o dispositivo de busca se ter mantido ativo, acrescentou a fonte do SEF.
A mesma fonte referiu ainda que os 16 migrantes que fugiram e já foram encontrados “foram levados de volta para o quartel” de Tavira de onde fugiram na quinta-feira, e onde permanecerão à guarda do SEF.
Na sexta-feira à tarde, a Guardia Civil espanhola encontrou um dos migrantes em Ayamonte (Espanha) e, no sábado de manhã, foram capturados “mais quatro em Castro Marim”, ficando a faltar localizar um dos homens que participou na fuga, disse na ocasião a fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, referindo-se ao migrante que continua a monte.
A fonte do SEF tinha indicado na sexta-feira que o homem encontrado em Espanha foi localizado pelas autoridades espanholas em Ayamonte, a cidade mais próxima da fronteira com o Algarve, a cerca de 40 quilómetros de Tavira, de onde o grupo se tinha evadido na madrugada de quinta-feira.
No dia da fuga, foram intercetados nove migrantes do grupo e durante o dia de sexta-feira mais três.
Os migrantes que fugiram do quartel em Tavira “não vão ser ouvidos” de novo em tribunal “por indicação dos magistrados do Ministério Público das respetivas comarcas” onde foram detidos e “vão ser entregues à custódia do SEF”, adiantou a mesma fonte à Lusa.
Os 17 homens que fugiram na quinta-feira do quartel de Tavira pertenciam a um grupo de 28 migrantes que desembarcou no Algarve em setembro e que foi depois colocado, por ordem judicial, à guarda do SEF, a aguardar o afastamento de Portugal por entrada irregular no país.
O ministro da Administração Interna pediu na quinta-feira a abertura de um inquérito à fuga dos migrantes, para apurar “as circunstâncias da referida fuga e de eventuais responsabilidades disciplinares de elementos” do SEF e da PSP.
No mesmo dia, Eduardo Cabrita, disse que Portugal está a discutir com Marrocos, já em fase avançada, um programa de imigração legal, que espera concluir em breve.
Este foi o sexto de desembarque ilegal na costa algarvia envolvendo migrantes do Norte de África.
O anterior tinha acontecido em julho, quando um grupo de 21 homens, alegadamente marroquinos, desembarcou na ilha do Farol, também no concelho de Faro.
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