Na segunda-feira, durante a realização da segunda fase da prova de Matemática Aplicada às Ciências Sociais (MACS) um professor apercebeu-se de um problema na formulação da pergunta 6.2.1.
Alguns professores da disciplina, que é dada a alunos do 10.º e 11.º anos, consideraram que a pergunta não tinha resposta e o IAVE reconheceu que havia “uma fragilidade na sua formulação”, segundo uma notícia avançada hoje pelo jornal Público.
Em declarações à Lusa, o IAVE reconheceu que “a resolução e o resultado deste item, presentes nos critérios específicos de classificação, não são os únicos admissíveis”.
Por isso, acrescentou, “durante o acompanhamento do processo de classificação serão tidas em consideração as respostas que estiverem fundamentadas e cientificamente corretas”.
O IAVE garantiu ainda que nenhum dos cerca de três mil estudantes, que na segunda-feira realizaram a prova, será prejudicado.
Também a segunda fase do exame nacional de Português do 12.º ano, que se realizou na passada sexta-feira, esteve envolta em polémica porque o IAVE escolheu um excerto de “Os Lusíadas” que não consta do programa da disciplina.
O IAVE explicou a sua opção tendo em conta a importância de procurar a capacidade de interpretar e cruzar informação em detrimento da “reprodução de conhecimentos”.
A notícia avançada hoje pelo Público sobre os problemas encontrados nos dois exames da segunda fase – escolhidos pelos alunos que chumbam na primeira ou que querem melhorar a nota – levou os deputados do CDS-PP a enviar uma pergunta ao ministro da Educação.
“Que diligências concretas vão ser tomadas para garantir justiça e equidade entre os alunos que fizeram exame na fase I e na fase II, sabendo que o sucesso da sua eventual candidatura ao ensino superior é afetado por estas provas?”, questionaram os deputados.
O IAVE considera que, tendo em conta “os dados disponíveis neste momento, não existe fundamento que possa justificar esta afirmação, sendo que as provas de cada disciplina são elaboradas tendo em conta uma matriz comum”.
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