Segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o abandono escolar atingiu no ano passado o valor mais baixo de sempre, tendo descido de 10,6% em 2019 para 8,9%, ultrapassando a meta europeia.
Numa mensagem que divulgou na sua conta pessoal na rede social Twitter, António Costa referiu que a taxa de abandono precoce de educação e formação “atingiu o valor mais baixo de sempre em 2020: 8,9%, superando o objetivo de a reduzir para menos de 10%.”
“Há duas décadas Portugal tinha valores próximos dos 45% de abandono escolar precoce, cerca de 30 pontos percentuais acima da média europeia”, observou o primeiro-ministro.
Na mesma mensagem, o líder do executivo salientou que este indicador traduz “uma evolução notável que se deve a décadas de trabalho das escolas, dos professores e das famílias”.
“A aposta na qualificação e na formação é um dos desígnios do Governo para reduzir as desigualdades, melhorar as condições de vida e essencial para a transição digital”, acrescentou.
De acordo com os mesmos dados do INE, em Portugal continental, o valor da taxa de abandono escolar precoce foi ainda mais baixo, situando-se nos 8,4%.
Em comunicado, o Ministério da Educação, que citou os dados divulgados hoje pelo INE, referiu que já em 2019 o país tinha “evoluído muito favoravelmente”, de 11,8% para 10,6%, então um mínimo histórico.
“Os resultados mostram uma evolução constante, firme e extraordinariamente notável do país, naquele que é considerado pela Comissão Europeia como um dos principais indicadores da performance dos sistemas educativos”, sustentou o Ministério da Educação.
O gabinete do Ministério da Educação apontou ainda que quando este indicador começou a ser apurado, há duas décadas, Portugal registava valores próximos dos 50%, que ultrapassavam em cerca de 30% a média europeia.
Se a tendência de redução se mantiver, a par da estagnação à escala europeia, o Governo estima que Portugal consiga registar, este ano, um valor de abandono escolar precoce mais baixo do que a média da União Europeia.
“Estes resultados são ainda mais marcantes considerando que coincidiram com um aumento muito considerável do emprego jovem, nos últimos anos, já que poderia constituir um estímulo para o não prosseguimento de estudos desta franja da população, e com a situação pandémica vivida neste último ano”, acrescentou o Ministério da Educação.
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