No artigo que esta semana dedica a Portugal, cuja versão impressa vai para as bancas no sábado, a The Economist aponta o país como "um pequeno milagre no Atlântico", registando um turismo em acelerado crescimento como resultado da instabilidade internacional e um 'boom' ao nível das ‘startups’.
Primeiro, de forma resumida, conta-se como foi o processo de formação do atual Governo minoritário socialista, apoiado no parlamento por "dois partidos da esquerda radical" (uma alusão ao BE e PCP), depois de o PS de António Costa ter perdido as eleições legislativas de 2015 para a coligação de centro-direita (PSD/CDS-PP).
Segundo a revista, com a formação da ‘geringonça’, os credores temiam que "um Governo esquerdista afastasse os investidores", através da aplicação de uma política económico-financeira "despesista".
"Dois anos depois, porém, a engenhoca, a geringonça, não só não caiu como se está movendo. Foram revertidos os cortes salariais [do período da ‘troika’], as empresas estão criando empregos em bom ritmo, os investidores estrangeiros procuram oportunidades de negócio e as finanças públicas apresentam indicadores saudáveis" em termos de sustentabilidade, é referido.
Sobre esta evolução de Portugal desde dezembro de 2015, o primeiro-ministro afirma à revista britânica que o seu Governo "mostrou que existe alternativa à ideia de que não há alternativa".
Já no que se refere ao conjunto de partidos que suportam o executivo minoritário socialista, António Costa volta a rejeitar a ideia de "grande coligação ao centro".
Para o primeiro-ministro, os governos tipo Bloco Central, em geral, favorecem as correntes populistas, porque sinalizam aos eleitores que as escolhas entre as forças políticas tradicionais europeias são superficiais em termos de alternativa.
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