“Recebi hoje as confederações Patronais (CIP, CAP, CCP, CTP) e tive oportunidade de reafirmar a centralidade da concertação social na construção de soluções para o futuro do país”, escreveu António Costa na sua conta oficial na rede social Twitter.
Na mesma mensagem, o líder do executivo adiantou que o seu Governo pretende “trabalhar em conjunto para promover a Agenda do Trabalho Digno e para assegurar a valorização dos rendimentos, incluindo dos jovens, que são o maior ativo do país”.
Na sequência desta reunião com António Costa, em São Bento, os líderes das confederações admitiram patronais regressar à concertação social, considerando que ficaram esclarecidas questões que motivaram a suspensão da sua participação neste órgão.
Essa posição foi transmitida pelo presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa, que foi o porta-voz dos “patrões” no final de uma reunião em que também esteve presente a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, que durou mais de duas horas.
“Tivemos uma conversa muito produtiva e bastante esclarecedora no sentido da dignificação da própria concertação social. Em breve, será transmitido à comunicação social qual a decisão que será tomada pelas confederações relativamente ao regresso às reuniões da concertação social”, declarou Eduardo Oliveira e Sousa.
Os líderes das confederações patronais decidiram suspender a sua participação na concertação social no mês passado, após o Governo ter aprovado em Conselho de Ministros medidas de alteração à legislação laboral, numa fase em que o executivo ainda tentava negociar a viabilização do Orçamento do Estado para 2022 com o Bloco de Esquerda, PCP, PAN e PEV.
Perante os jornalistas, o presidente da CAP referiu que os líderes das confederações patronais vão analisar os resultados da reunião de hoje, mas adiantou que a reunião foi “frutuosa, já que foram esclarecidos alguns assuntos que precisavam de ser devidamente tratados”.
“O regresso à concertação social é uma situação desejável, a concertação social é fundamental no nosso modelo político. Há que ponderar tudo isso, incluindo a conjugação com o novo ciclo que se abre face à conjuntura política que estamos a viver”, assinalou.
Eduardo Oliveira e Sousa fez questão de salientar que as confederações patronais “nunca estiveram de costas voltadas” em relação ao Governo, mas suspenderam a sua participação na concertação social “por causa de um acumular de situações que hoje ficaram esclarecidas”.
“É provável, é possível e é desejável o nosso regresso à concertação social”, acentuou.
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