"A Associação Académica de Coimbra, perante as recentes medidas de suspensão da atividade do Ensino Superior, vem demonstrar a sua preocupação com a atual indefinição avaliativa e consequente ‘burnout' dos estudantes no 2.º semestre", afirmou a AAC, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
Na nota, a associação estudantil refere que compreende "a difícil tarefa de gerir a situação atual", mas apresenta algumas propostas para este momento.
A AAC defende que "sejam realizados todos os esforços para que seja concluída toda a atividade letiva do 1.º semestre antes do início do 2.º semestre, assegurando a estabilidade do fio condutor pedagógico delineado e seguido por professores e estudantes no decorrer do presente ano letivo, evitando, também, a sobrecarga letiva dos estudantes".
Os estudantes salientam também a necessidade de se salvaguardar "a plenitude do sistema de ação social, quer no seio da Universidade de Coimbra, quer nos locais de residência oficial dos estudantes, garantindo as condições de alojamento, alimentação e os materiais necessários para a digitalização da atividade letiva, possibilitando a manutenção do bem-estar essencial de todos os estudantes neste momento difícil".
Na nota de imprensa, a AAC propõe ainda a criação de uma linha de apoio psicológico específica para estudantes do ensino superior, assegurada pelo SNS24, de forma a "atenuar os efeitos psicológicos gerados pela instabilidade letiva e pelo novo confinamento".
"Pelo momento extremamente difícil que atravessamos, a Associação Académica de Coimbra apela a toda a Academia de Coimbra que cumpra as recomendações das Autoridades de Saúde Pública, de forma que, o mais rapidamente possível, nos seja permitido voltar à normalidade no ensino superior, algo que a AAC considera fundamental para assegurar uma aprendizagem plena e em condições de igualdade entre todos os estudantes", concluiu.
Todas as escolas de todos os níveis de ensino estão encerradas a partir de hoje e durante duas semanas, uma medida anunciada na quinta-feira pelo Governo para conter a pandemia de covid-19.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 2.075.698 mortos resultantes de mais de 96,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.686 pessoas dos 595.149 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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