“A direção da ACT [Autoridade para as Condições do Trabalho] diz que seis funcionários já fizeram os testes e é verdade. Mas esqueceu-se de dizer que os pagaram do seu bolso. As funcionárias estavam naturalmente preocupadas e foram por iniciativa própria fazer os testes, porque a ACT não quis saber”, referiu Carla Cardoso.
Acrescentou que só na noite de quarta-feira é que os funcionários foram contactados pela autoridade de saúde para fazerem os testes.
Uma trabalhadora da delegação de Guimarães da ACT testou positivo para a covid-19 e outros 10 foram colocados em isolamento profilático.
Na quinta-feira, à Lusa, a ACT disse que já foram realizados testes a seis dos 10 trabalhadores e que foi efetuada uma desinfeção das instalações, mobiliário e equipamentos.
Carla Cardoso disse que as instalações sofreram uma desinfeção “caseirinha”, feita pelas empregadas da limpeza.
Acrescentou que a ACT não disponibiliza máscaras para o serviço no interior das instalações.
“Andamos nós a fiscalizar se as empresas disponibilizam ou não equipamentos de proteção individual aos seus trabalhadores e dentro da nossa casa é isto”, acrescentou a sindicalista.
A Lusa tentou ouvir hoje a ACT, mas ainda não foi possível.
Na quinta-feira, a ACT explicou que tomou conhecimento, no dia 15 de setembro, de que uma trabalhadora afeta ao Centro Local do Ave (Guimarães) tinha estado em contacto próximo com uma pessoa infetada com covid-19.
Assegurou que foram acionadas "de imediato" todas as medidas previstas no seu plano de contingência, designadamente a permanência da funcionária em causa no seu domicílio e o rastreio dos contactos próximos, contactando a Linha SNS24, como medida de prevenção.
No domingo, a ACT teve conhecimento de que a referida trabalhadora tinha testado positivo.
“Nesse mesmo dia, o diretor do Centro Local deu indicação a todos os trabalhadores afetos ao Centro Local do Ave para contactarem a Linha do Centro de Contacto SNS24. Dos contactos efetuados com as autoridades de saúde resultou o isolamento profilático de 10 trabalhadores”, referiu ainda a ACT.
Acrescentou que já tinham sido "realizados testes" a seis dos 10 funcionários, com resultado negativo.
A ACT garante que o plano de contingência “foi e continuará a ser cumprido escrupulosamente”, nomeadamente no que respeita à disponibilização de equipamentos de proteção individual, como máscaras, luvas, viseiras e solução antissética de base alcoólica.
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