Os dados hoje divulgados constam das conclusões do inquérito Reativação da Economia nas regiões de Fronteira, realizado pela Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL), entre os dias 05 e 15 de maio.

Na nota hoje enviada à imprensa com os resultados do estudo, que contou com a participação de 70 das empresas do comércio, restauração e hotelaria das regiões raianas de Caminha, Melgaço, Monção, Valença e Vila Nova de Cerveira, a CEVAL destaca que "30% das empresas inquiridas afirma que conseguirá aguentar o seu negócio menos de um mês".

Dos 70 inquiridos, “60,7% revelaram uma redução para menos de 20% do volume normal de clientes”.

"Como consequência da não abertura de fronteiras, 42,3% dos comerciantes inquiridos pondera despedir trabalhadores e 30,8% diz mesmo que poderá ter de encerrar a atividade", refere a confederação que representa cerca de 5.000 empresas do distrito de Viana do Castelo, que empregam mais de 19.000 trabalhadores.

As fronteiras terrestres entre Portugal e Espanha vão continuar encerradas até às 00:00 de 15 de junho devido à pandemia da covid-19, segundo a resolução de Conselhos de Ministros publicada na quarta-feira, em Diário da República.

O controlo das fronteiras terrestres com Espanha está a ser feito desde as 23:00 do dia 16 de março em nove pontos de passagem autorizada devido à covid-19.

No distrito de Viana do Castelo, o único ponto de passagem autorizado é o que liga a cidade de Valença a Tui, na Galiza.

"A CEVAL, que sempre disse concordar com o fecho das fronteiras determinado pelo Governo, procurou com este estudo chamar a atenção para as dificuldades que o comércio transfronteiriço está a sentir, considerando ser imprescindível estar próximo e ouvir as empresas raianas, cujos negócios dependem dos turistas e visitantes galegos", acrescenta a nota.

De acordo com as conclusões, "82,9% dos empresários inquiridos revelou que a atividade do seu negócio foi totalmente condicionada como resultado da implementação do estado de emergência" e, quando questionados relativamente à reabertura da economia, com a passagem para o estado de calamidade, "37,1% dos inquiridos disseram ter reaberto o seu negócio no dia 04 de maio, 37,1% revelaram não ter ainda retomado a atividade, já 25,7% indicaram que nunca suspenderam a sua atividade".

O novo coronavírus responsável pela presente pandemia de covid-19 foi detetado na China em dezembro de 2019 e já infetou mais de 4,6 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais mais de 313.500 morreram. Ainda nesse universo de doentes, mais de 1,6 milhões foram já dados como recuperados.

Em Portugal, onde os primeiros casos confirmados se registaram a 02 de março, o último balanço da Direção-Geral da Saúde (DGS) indicava domingo 1.218 óbitos entre 29.036 infeções confirmadas. Desses doentes, 649 estão internados em hospitais, 4.636 já recuperaram e os restantes convalescem em casa ou noutras instituições.

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