“Temos 18 deputados e tudo faremos para ir além desse número. Não sei se vai acontecer ou não, eu espero que sim”, afirmou Assunção Cristas, em entrevista à SIC Notícias, a propósito do seu livro “Confiança”, lançado na segunda-feira, recusando falar em cenários de demissão se tiver um mau resultado.
Menos de um mês depois de o CDS ter obtido 6,2% nas europeias, Cristas declarou que é preciso “saber ler os resultados”, admitiu que “muitos eleitores podem ter ficado dececionados” com o partido, mas ressalvou que “as eleições são todas diferentes”.
E sorriu quando o jornalista lhe recordou a piada de Ricardo Araújo Pereira, no programa da TVI “Gente que não sabe estar”, quando Cristas disse, antes do último congresso, de que se imaginava primeira-ministra.
Para 06 de outubro, data das eleições legislativas, os seus objetivos são “claros”: “Crescer o mais que pudermos, procurando outra visão para o país, que puxa pelas empresas, pelas pessoas.”
Para o centro-direita (PSD e CDS) voltar a governar é preciso que exista uma maioria de “metade mais um” no parlamento, e Cristas disse acreditar que as legislativas “podem ser diferentes e melhores” e, até lá, pretende mostrar que os eleitores “podem confiar” no partido.
O seu livro pode ser uma maneira de as pessoas perceberem o que Assunção Cristas e o CDS pretendem para o país, considerou.
E se tiver um mau resultado, a líder dos centristas não responde se admite ou não apresentar a demissão. “Estou empenhada em mostrar as nossas ideias para o país. Tudo o resto são coisas que se conversam depois”, acrescentou.
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