A decisão foi tomada após se prever a manutenção da descida dos caudais debitados pelas barragens, o que “potencialmente contribuirá para uma descida dos níveis registados no rio Tejo”.
Simultaneamente, o caudal do rio Tejo mantém a tendência de descida, para as próximas horas, com uma “razoável/aceitável estabilização”, adianta a Proteção Civil.
As barragens de Fratel, Pracana e Castelo de Bode têm debitado nas últimas 10 horas valores de caudal médio, “inferior a de 1000 metros cúbicos/segundo no conjunto das barragens e a descer”.
Na última quinta-feira, a Comissão Distrital de Proteção Civil de Santarém acionou o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo no seu nível Amarelo, devido ao “aumento considerável dos níveis hidrométricos e caudais do rio Tejo”, causado pela passagem da tempestade Elsa e pela previsão de uma nova depressão, denominada Fabien.
O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS), com o apoio de outras entidades e organismos, refere contudo que vai “continuar a monitorizar a situação hidrológica na bacia do Tejo” e emitirá comunicados caso a situação justifique.
A Proteção Civil aponta como efeitos das cheias alguns campos agrícolas inundados junto ao rio Nabão (Município de Tomar), 50% do parque de estacionamento do rio Zêzere (rua do Tejo), no Município de Constância, e submersão de várias estradas e caminhos nos Municípios de Santarém, Golegã, Coruche, Cartaxo, Salvaterra e Vila Nova da Barquinha.
Os efeitos do mau tempo, que se fazem sentir desde quarta-feira, já provocaram dois mortos e um desaparecido e deixaram 144 pessoas desalojadas e outras 352 deslocadas por precaução, registando-se mais de 11.600 ocorrências, na maioria inundações e quedas de árvores.
O mau tempo, provocado pela depressão Elsa, entre quarta e sexta-feira, a que se juntou no sábado a depressão Fabien, provocou também condicionamentos na circulação rodoviária e ferroviária, bem como danos na rede elétrica, afetando a distribuição de energia a milhares de pessoas, em especial na região Centro.
A Autoridade Nacional de Proteção Civil, num balanço feito hoje às 10:00, disse que o distrito de Coimbra é aquele que ainda causa maior preocupação, apesar de o número de ocorrências ter “baixado significativamente”, esperando-se a redução do caudal do rio Mondego nos próximos dias.
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