Os treze detidos, 10 homens e três mulheres, com idades entre os 23 e os 76 anos, dedicavam-se, “de forma organizada e estruturada, à venda de estupefacientes, cocaína, heroína e haxixe”, revelou a PSP em comunicado.
“Em clara cooperação e divisão de funções, os detidos vinham atuando no interior do Bairro da Mouraria, com grande astúcia, sob rigor, disciplina tática e técnica”, destacou a PSP.
A operação decorreu no âmbito de um processo-crime que estava a ser investigado há seis meses e que resultou, nos dias 22 e 23 de novembro, em seis mandados de busca domiciliária e dois não domiciliários, tendo sido detidos em flagrante delito os 13 suspeitos.
Após a ação de 22 de novembro, acrescentou a PSP, “em bem menos de 24 horas, voltaram a ‘abrir a banca’ em local muito próximo, onde os polícias os surpreenderam imediatamente após a retoma da atividade ilícita”.
De acordo com a PSP, o líder do grupo tinha uma residência “fortificada e protegida a intervenções policiais” com um anexo e “uma outra casa de recuo para escoar” a droga, com o auxílio dos restantes elementos.
Na operação foram apreendidas 3.669,2 doses individuais de cocaína, 4.285,2 doses individuais de heroína, 2.078,58 doses individuais de haxixe, 3,4 doses individuais de liamba, além de 7.652,08 euros, 10 armas proibidas e outros artigos relacionados com o tráfico.
Depois de ouvidos em primeiro interrogatório judicial, dois dos detidos ficaram em prisão preventiva e os restantes com apresentações periódicas, à exceção de dois que ficaram com termo de identidade e residência.
A PSP salientou que a Mouraria, “não obstante dos contínuos esforços policiais e judiciais, dispõe de características geográficas e socialmente enraizadas que potencia ressurgimentos contínuos da venda de droga”.
Anteriores intervenções no bairro, nomeadamente em maio e junho de 2021, culminaram em pesadas penas por tráfico, com prisão efetiva acima dos quatro anos de prisão para nove arguidos.
Segundo a polícia, em 2021, só no âmbito de investigação criminal, foram detidas na Mouraria 72 pessoas, 14 delas presas preventivamente e as restantes sujeitas a apresentações periódicas.
Já este ano, “também unicamente do ponto de vista da investigação criminal, ali foram detidas 37 pessoas, seis delas presas preventivamente, uma em prisão domiciliária e uma em prisão efetiva de cumprimento de pena”, acrescentou.
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